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 Improvisação e rock ‘n roll!

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Há quem diga que tocar rock é fácil, são só três acordes, e qualquer um improvisa em rock. Bem, a essência do rock, se vale da simplicidade, mas não quer dizer que seja só isso. Certa vez, Ian Peace, lendário baterista do Deep Purple declarou que tocar rock é complexo, pois você precisa não só tacar qualquer frase, mas é necessário conhecer e escolher os elementos certos. Os conceitos de improvisação, vêm desde muito tempo, e tivemos ícones, que mostraram os rumos de tal arte, como Miles Davis, que era apaixonado por Hendrix, tanto que quase gravaram juntos, se não fosse a morte prematura do guitarrista. E quando a improvisação, tão comum ao jazz, se encontra ao rock ‘n roll? A muito tempo atrás, vi uma entrevista na tv, e um excelente músico disse o seguinte: ”não importa quantas frases e escalas, você saiba, o que importa, é o que você consegue fazer com elas” . Achei tal afirmação incrível e muito verídica. Afinal, quem está ouvindo uma banda arrebentando, não está pensando em quantas escalas e arpejos, e o raio que o parta, estão sendo usados, e sim, se isso soa musical e com….. feeling, combinando com a canção. Nesse aspecto, a improvisação, no rock e no blues, me chama atenção, ao unir liberdade musical trazida, junto com aquele feeling e pegada mais agressiva. Grandes bandas, extrapolaram as possibilidades que tal empreitada proporciona, sem ficarem ”presas” ao estigma de um estilo. Diversos músicos misturavam elementos de blues, country, jazz, soul, fusion, mas sem deixar de soar com agressivo! Led Zeppelin, Allman Brothers Band, Black Sabbath, Dire Straits, Toto, Cream, Gary Moore, Hendrix, Santana, dentre outros, faziam verdadeiras festas musicais ao vivo, alongando suas músicas, com investidas de toda a banda, numa participação coletiva e sem fronteiras, sem preconceitos musicais, e sem deixar de ser rock. Tais elementos, muitas vezes, podem ser ouvidos até mesmo, em seus discos de estúdio, em que é possível notar tranquilamente, um grande clima de jam session, afinal, muitas canções, surgem de improvisos.

    Como exemplo, mostro canções de várias dessas bandas, quebrando todas as barreiras possíveis ao vivo. E sim, isso tudo que vocês ouvirão nos solos , convenções, etc, são incríveis viagens sonoras, e uma boa aula, do que quem domina a arte do improviso, e o feeling e pegadas do rock, é capaz de fazer, mostrando que tocar rock n’ roll, não é fácil como muitos pensam.